Ao vivo: como as lives transformaram o mercado audiovisual

A procura por vídeos na internet não para de crescer e as produções ao vivo passam a fazer parte da realidade do brasileiro

O brasileiro nunca consumiu tanto conteúdo como agora. Com a pandemia, muitos procuraram serviços de streaming e o YouTube para se entreter. Segundo a Alfabeth, empresa que controla o Google, a receita do YouTube no trimestre de 2020 foi de U$ 4 bilhões, um aumento de 33% no faturamento. Em um momento de crise onde muitas empresas estão fechando as portas, serviços como Netflix, GloboPlay e similares tem crescido num ritmo acelerado.

O fenômeno é mundial, contudo o Brasil se destaca pelo engajamento do público nas apresentações ao vivo, as Lives. Apresentações de cantores sertanejos reuniram milhões de pessoas na frente das telas. A moda pegou e hoje é difícil encontrar algum artista que não tenha feito pelo menos uma Live. A maior emissora do país, a Rede Globo, viu esse potencial e levou essas transmissões da Internet para o seu horário nobre. Algo inédito até então. 

O sucesso do YouTube sempre foi grande. De 2014 até 2018, a procura pelo audiovisual cresceu 135%. E um número se destaca: 80% de todo o tráfego mundial da internet se dá através do vídeo. Fotos e textos seguem fortes, mas o vídeo têm dominado até mesmo plataformas onde não tinham tanta visibilidade como Twitter, Facebook e LinkedIn. Ou seja, não há mais como ignorar esse fenômeno. A empresa que não estiver engajada com o seu público com produções de qualidade dificilmente vai se recuperar da crise. E é aí que mora o perigo. Qualquer smartphone consegue fazer uma live. Entretanto, empresas de renome não podem se deixar levar pelo amadorismo. 

Muito além da Live

Artistas como Sandy & Junior e Ivete Sangalo fizeram lives poderosas e fica nítida a preocupação técnica desses artistas. Tudo ali foi pensado para engajar o público. Troca de câmeras, clima intimista e a presença de muitos patrocinadores. Grandes lojas que tiveram com as portas fechadas, correram para abraçar a ideia. A Casas Bahia, por exemplo, foi a grande patrocinadora da dupla Sandy e Junior. Já o pijama que a Ivete Sangalo usou na apresentação, se esgotou em um dia.

O público está carente e quer consumir, quer essa proximidade, quer participar através de interação que as lives proporcionam. Se antes as pessoas viam TV e comentavam ao vivo no Twitter, hoje elas podem fazer tudo num único local. O YouTube oferece a vantagem de contar com conteúdo gratuito, atingindo o telespectador que não quer pagar pelo streaming. 

E o futuro?

O que podemos concluir disso tudo? O vídeo consumido na internet precisa de atenção e inteligência de mercado. Se nos últimos cinco anos as empresas correram para procurar um bom profissional de Marketing Digital e Redes Sociais, chegou a hora de investir em produção audiovisual. Luz e som não podem mais depender dos recursos de um telefone. Uma produtora de vídeos pode oferecer esse serviço premium de maneira que você não precise contratar pessoal e gastar com a compra de equipamentos de alta performance. Ao que tudo indica, usar as mesmas câmeras de Hollywood vai gerar retorno. 

A China, primeiro país atingido pelo novo Coronavírus, chegou a fazer uma live de 12 horas dentro de um shopping center. Entretenimento unido à venda casada de produtos ao mesmo tempo é o futuro. Ver uma novela, um comercial ou um show e adquirir na hora, através de um QrCode, tudo que é mostrado da tela é o futuro do e-commerce. A Rockset mostrou aqui como gravar a sua live. Comece a pensar no assunto, busque informações sobre o tema e pense como você pode disputar esse nicho. O seu negócio, independente do tamanho, precisa acompanhar esse movimento. Vamos juntos?