A revolução na Fórmula 1: a parceria entre a Liberty Media e a F1

No último final de semana, o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 foi disputado, com o holandês Max Verstappen vencendo mais uma corrida. Mais do que uma corrida, o que aconteceu em Interlagos foi um evento.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, o GP São Paulo bateu o recorde de público com a presença de cerca de 267 mil pessoas durante os três dias do evento com ações de diversas marcas, como Heineken, que tinha um setor especial para ela – o Heineken Village.

Apesar do sucesso relativamente recente, até meados da década de 2010, o produto da Fórmula 1 estava saindo do radar de novos públicos, mas tudo isso mudou em 2017, quando a principal categoria de automobilismo foi adquirida pela Liberty Media.

A empresa trouxe uma nova era de transformação e modernização no esporte automobilístico mais prestigiado do mundo. Com a visão de tornar a F1 mais acessível e atraente no mundo, a Liberty Media implementou uma série de mudanças inovadoras que não apenas revigoraram a categoria, mas também a colocaram no centro das atenções de um público mais amplo.

O Caminho para o Sucesso: Brand Publishing na Fórmula 1

Desde o início, a Liberty Media concentrou seus esforços em estratégias de brand publishing, utilizando seus próprios canais de produção de conteúdo para consolidar a presença da F1 no cenário mundial. Vamos explorar como essa abordagem impactou positivamente o esporte.

Fatores-chave da revolução F1 pela Liberty Media

Foco no Entretenimento

A Liberty Media investiu forte em marketing e promoção, introduzindo novos formatos de transmissão, como o aclamado “Drive to Survive” da Netflix. Essa iniciativa não só cativou os fãs tradicionais, mas também conquistou uma nova geração de entusiastas.

Melhoria da segurança

Priorizando a segurança dos pilotos e espectadores, a Liberty Media implementou novos regulamentos, incluindo a proibição do halo. Estas medidas solidificaram a F1 como uma das categorias mais seguras do automobilismo mundial.

Redução dos custos

Trabalhando ativamente na redução de custos, a Liberty Media estabeleceu um teto orçamentário para equipes e padronizou alguns componentes dos carros. Essa abordagem tornou o esporte mais acessível para equipes de menor orçamento, aumentando a competitividade e a imprevisibilidade nas corridas.

Crescimento da audiência na Era Liberty Media

Os números não mentem, e as estatísticas de audiência na mídia social e televisão destacam o sucesso da parceria entre Liberty Media e F1.

Mídias Sociais

Em 2023, a F1 atingiu mais de 700 milhões de seguidores em suas plataformas de mídia social, um aumento de mais de 100% desde 2017.

As visualizações de vídeos no YouTube dispararam de 2,5 bilhões em 2017 para 10 bilhões em 2023.

Televisão

A audiência global cresceu de 400 milhões em 2017 para 500 milhões em 2023.

Nos Estados Unidos, a F1 conquistou 100 milhões de espectadores em 2023, um salto incrível em relação aos 50 milhões de 2017. Isso reflete a nova estratégia da Liberty Media de conquistar o mercado americano. Embora a F1 se venda como um produto global, ela sempre teve dificuldades de entrar nos EUA. Um exemplo dessa expansão na terra do Tio Sam é que o calendário atual conta com duas corridas: GP de Austin e GP de Las Vegas.

Como a Liberty Media elevou a audiência da F1:

Drive to Survive

A série documental da Netflix, “Drive to Survive,” não apenas ofereceu aos fãs um olhar íntimo nos bastidores da F1, mas também desempenhou um papel crucial na popularização do esporte, especialmente entre o público mais jovem.

Além disso, a produção audiovisual não mostra apenas o cotidiano das maiores equipes, como a Red Bull e a Mercedes, mas traz um panorama geral sobre as equipes médias e pequenas. Personagens como Günther Steiner, chefe de equipe da Haas, e Daniel Ricciardo, com passagens por Red Bull, Renault (atual Alpine), McLaren e atualmente na AlphaTauri, se destacam no “Drive to Survive”.

Expansão para novos mercados

Além dos lugares mais tradicionais da Europa, a Fórmula 1 está em expansão em outros mercados em busca de mais dinheiro e visibilidade.

Um dos exemplos é o GP da China, em Shangai – centro financeiro da segunda maior economia do mundo. A corrida foi disputada no território chinês até 2019, mas está suspenso do calendário desde 2019 em virtude das regras de distanciamento social provocada pela pandemia de covid-19. Entretanto, a expectativa é a volta do GP da China em 2024.

Outro local em que a F1 está crescendo de forma expressiva é no Oriente Médio. Atualmente, a região recebe os GPs de Bahrein, Arábia Saudita, Qatar e Abu Dabi. Para efeito de comparação, a região tem uma corrida a menos de todo o continente americano, que recebe duas provas nos EUA, uma no Canadá, uma no México e outra no Brasil.

Falando em EUA, ao invés de receber somente um GP em Indianapólis, como era anteriormente, o país mais rico do mundo agora tem dois GPs: um no Texas e outro em Nevada. O aumento de provas e a troca de cidades foi benéfica para o aumento da popularidade do esporte.

O GP de Austin, em um dos estados mais ricos dos EUA, tem um público mais latino e com um poder aquisitivo maior. Enquanto que o GP de Las Vegas mostra a pujança do setor de turismo na região dos casinos.

Redução de custos e competitividade

Ao tornar a F1 mais acessível para equipes com orçamentos mais modestos, a Liberty Media não apenas fomentou a competição, mas também tornou as corridas mais imprevisíveis e emocionantes.

Será que deu certo?

Apesar dos desafios em um cenário esportivo diversificado, a Liberty Media já deixou sua marca na Fórmula 1. A categoria está mais acessível, competitiva e segura do que nunca, preparada para encarar os desafios e oportunidades que o futuro reserva.

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