A humanização é um fator fundamental para a produção de conteúdo em 2023. Em uma era em que é possível criar conteúdo totalmente robotizado, o toque humano traz maior sensibilidade e emoção para o público
Para muitas pessoas, principalmente aquelas do setor de tecnologia, o final de 2022 foi revolucionário. Mas o que aconteceu neste período? Foi lançado, pela OpenAI, o chatbot online Chat GPT em novembro de 2022.
O gráfico abaixo foi retirado da plataforma de dados do Google Trends, que mostra os termos “mais quentes” da internet, ou seja, aqueles que as pessoas mais pesquisam. Perceba como houve uma explosão de pesquisas a partir de dezembro do termo Chat GPT.
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Apesar do chatbot da OpenAI ser o mais conhecido, ele não está sozinho. Há uma infinidade de ferramentas que usam a inteligência artificial (IA) que podem ajudar o dia a dia dos usuários.
Por conta disso, para quem acompanha o mercado financeiro dos Estados Unidos, já percebeu a forte valorização das empresas de comunicação. Por exemplo, a Nvidia é uma das principais produtoras de microchips do mundo. A empresa anunciou planos de produzir peças exclusivas para o desenvolvimento de IAs.
Uma das consequências deste fato é que as ações da Nvidia possuem uma valorização acima de 200% apenas em 2023.
Todo este movimento sobre o desenvolvimento e uso das IAs é muito importante para a economia, mas ela pode se tornar um problema para a produção do seu conteúdo.
As IAs são capazes de produzir textos e até escrever roteiros para uma campanha publicitária. Só que o conteúdo ainda é muito raso.
E não apenas isso, as pessoas ainda preferem um conteúdo mais humanizado, que é feito por pessoas para pessoas, pois isso traz um elemento emocional para o conteúdo.
Os objetivos de um material audiovisual podem ser muitos. Pode ser entreter, vender, apresentar… Mas, tudo isso é feito para seres humanos. Então, precisamos sempre lembrar que a humanização (seja nas câmeras ou nos bastidores) é essencial para que isso aconteça.
Você até consegue pedir para o Chat GPT escrever um storytelling para vender um produto x, y ou z, mas ele nunca conseguirá transmitir as sensações que apenas os humanos conseguem passar.
Humanizar não é apenas um redator humano escrever algumas dúzias de palavras, mas de pensar em estratégias que vão conectar as pessoas. Pensar naquilo que traz emoções para elas.
Por mais que você elabore um comando perfeito para as IAs, como descrição da persona, os robôs ainda não conseguem captar a emoção humana e traduzir isso em palavras.
Por que devemos ser mais humanos
No cenário atual, onde a tecnologia muitas vezes parece dominar nossas vidas, é irônico que a busca pela humanização tenha se tornado tão crucial. No entanto, essa busca pelo elemento humano está longe de ser uma contradição.
Pelo contrário, é uma resposta necessária para manter nossa conexão com os outros, para autenticar nossos esforços e alcançar nossos objetivos de maneira significativa.
Primeiramente, a humanização é o fio invisível que liga as pessoas a produtos e serviços. Não se trata apenas de fornecer uma mercadoria, mas de criar uma experiência que ressoe com as emoções e necessidades do público.
Se uma obra audiovisual, por exemplo, não incorporar a humanização, ela permanecerá fria e distante, incapaz de criar os laços emocionais que tanto nos impactam. Afinal, são os sentimentos que geram conexões duradouras e despertam a sensibilidade que todos compartilhamos.
Em segundo lugar, a humanização acrescenta autenticidade ao trabalho que realizamos. Ela infunde uma dose de realidade, permitindo que os espectadores ou clientes acreditem nos pontos que estamos apresentando.
Em produções institucionais, onde a credibilidade é fundamental, a falta de humanização pode criar um abismo entre as promessas feitas e a realidade percebida. A presença de pessoas reais, compartilhando experiências genuínas, serve como prova viva da veracidade do que está sendo comunicado.
No terceiro plano, é importante ressaltar que a ausência de humanização pode ser um obstáculo para o alcance de objetivos. Imagine isso como uma corrente interligada: sem a humanização, a proximidade é comprometida, o interesse não é despertado, a persuasão fica difícil e, por fim, as metas permanecem inatingíveis.
A humanização atua como um elo que fortalece cada etapa desse processo, permitindo que o fluxo de conexão e engajamento siga seu curso natural.
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