O filme “Tração” foi produzido sem o uso de recursos públicos, contando exclusivamente com o financiamento proveniente de patrocínios, parcerias e contribuições pelo sistema de crowdsourcing
Prepare-se para acelerar nas telonas com muita adrenalina! Nesta quinta-feira (29), chega aos cinemas brasileiros ‘Tração‘, um filme nacional que traz o emocionante universo das competições de motocross como nunca visto antes. Com produção e direção de André Luiz, o longa-metragem traz à vida o emocionante universo das competições de motocross como nunca antes visto no cinema brasileiro.
Inspirado nos filmes de ação da década de 70, conhecidos como Heist Movies (filmes de assalto), “Tração” é pioneiro ao retratar os pilotos de motocross e motovelocidade em solo nacional.
O filme pode surpreender com cenas de tirar o fôlego, como a gravação inédita realizada em Santa Catarina, na qual Gabriel Lott, dublê e campeão mundial de wingsuit, salta em um cânion com mais de 800 metros de altura, proporcionando uma experiência única nas telonas brasileiras.
O elenco conta com nomes de peso como André Luís, Marcos Pasquim, Nelson Freitas, André Ramiro, Duda Nagle, Fiuk, Paola Rodrigues, Bruna Altieri, Mauricio Meirelles, além das participações especiais de Netão, Celso Zucatelli, João Quirino, Mayte Faitarone, Alinne Prata e Celso Miranda.
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A trama gira em torno de Ajax (interpretado por Marcos Pasquim), um experiente piloto profissional de motocross cuja vida sofre uma reviravolta após a trágica morte de sua esposa, deixando-o responsável pela criação da filha, Isadora.
Em meio a essa transformação, Ajax e seus amigos são abordados por DiMello, um excêntrico milionário vivido por Nelson Freitas, que os convida para participar de uma grandiosa competição envolvendo diversas categorias de motos. Contudo, eles acabam caindo em uma armadilha e precisarão acelerar ao máximo para escapar dessa enrascada.
André Luís, além de atuar, assume também a direção e a produção executiva de “Tração”.
O filme utilizou recursos tecnológicos de ponta, como drones, câmeras 8k e equipamentos de áudio e movimento, para proporcionar cenas de ação eletrizantes que vão prender a atenção do público do início ao fim.
Confira o trailer do filme:
A maior cena de ação de um filme brasileiro
Sobre a produção da maior cena de ação de um filme brasileiro, André Luiz revelou que a sua ambição, desde o início do projeto, era criar uma cena impactante e memorável, capaz de deixar uma marca na história do cinema brasileiro.
“Quando surgiu a ideia de fazer o ‘Tração’, eu queria que ele tivesse uma cena que impactasse o espectador. Que marcasse a história do nosso cinema. Em 2020, a gente conseguiu realizar essa cena. Ela foi um salto de uma queda livre de 1.200 metros de altura“, destacou o diretor.
Nelson Freitas, em entrevista ao podcast Inteligência Limitada, descreveu a ousadia da cena e sua experiência durante as gravações.
“Pulou uma moto de para-quedas. A gente fez um salto maluco, que eu vou te contar. Nós fomos para a serra catarinense“, afirmou.
Freitas ainda compartilhou detalhes surpreendentes: “A gente saltou com uma CRF 450 em um cânion a mais de 800 metros de altura.”
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A produção do salto do cânion envolveu desafios logísticos significativos. “Foram três horas em uma 4×4 para levar as motos andando até o local do salto, que já foi muito difícil. Para subir a equipe foi uma logística de seis horas. O elenco quis assistir“, explicou André Luiz.
A equipe teve que enfrentar as limitações de recursos de um filme independente, que não permitiam testar o salto várias vezes no cânion. Por isso, meses de planejamento minucioso foram dedicados para garantir que tudo saísse perfeitamente em um único take.
Veja como a cena foi preparada:
Desafios para a produção de um filme independente
Apesar do Governo Federal ter revelado, recentemente, a liberação de R$ 1 bilhão para o setor audiovisual por meio do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), vinculado ao Fundo Nacional da Cultura (FNC) do Ministério da Cultura, o filme “Tração” foi produzido de forma totalmente independente sem ter nenhum financiamento público.
Em entrevista ao site Moto Adventure, André Luiz comentou que, embora ele não queira entrar em questões políticas, a liberação de recursos públicos envolvem uma série de limitações para produzir com apoio governamental, em que “você precisa dar seus passos”.
“Não posso dizer que inventamos um jeito de fazer cinema, mas o formato crowdsourcing (financiamento coletivo via internet) nos ajudou muito, uma vez que todos são sócios do projeto. Ainda assim, é um projeto ambicioso, de fato, uma superprodução”, relata o diretor sobre o modelo de financiamento adotado pela produção do filme “Tração”.
Com este modelo, André Luiz destacou que o orçamento conseguiu ultrapassar a casa dos R$ 2 milhões graças aos patrocinadores e parceiros do projeto.
Ao fazer uma reflexão sobre filmes independentes, em entrevista para a Isto É Dinheiro, o renomado diretor Fernando Meirelles, cita que a independência da produção audiovisual de hoje é referente ao Estado.
“O mercado de audiovisual teve um crescimento vertiginoso nos últimos 20 anos, mas em 2019 decidiu-se que cineastas eram todos esquerdistas e assim a Ancine e os mecanismos de financiamentos públicos foram paralisados como se fossem o Ibama ou a Funai”, lembra Meirelles.
A situação citada pelo diretor reflete a redução dos orçamentos das produções audiovisuais nos últimos anos.
Para exemplo de comparação, como foi mencionado anteriormente, o Governo Federal pretende liberar cerca de R$ 1 bilhão para a produção audiovisual. No ano passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) repassou para o FSA R$ 453,46 milhões. Isso representa quase o dobro de repasses.
Voltando a reflexão de Meirelles, ele fez a seguinte explicação para produzir de forma independente:
“Talvez por intuição ou saco cheio mesmo (risos), lá em 2016 percebemos que depender de financiamento ou aprovação de contas pelo Estado dava um enorme trabalho. Melhor focar nos projetos do que preencher formulários. Deliberadamente traçamos um plano para a busca de nossa independência”, desabafou.
Este ponto revela que há a possibilidade do financiamento público da produção audiovisual pode provocar uma dependência dos recursos de origem estatal. Contudo, dependendo do Governo ou da burocracia, ter acesso aos recursos pode ser um desafio maior do que buscar fontes de financiamento privado, por meio de patrocínios e parcerias, assim como foi feito com o filme “Tração”.
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