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Como a Fórmula 1 se reinventou com a produção de conteúdo original

A série documental da Netflix que mostra os bastidores da Fórmula 1 e como ela ajudou a revitalizar o esporte e a produção de conteúdo original

A Liberty Media revolucionou a Fórmula 1 quando adquiriu os seus direitos em 2017. O esporte, que estava perdendo audiência ano após ano, se tornou uma das categorias mais assistidas e, principalmente, curtidas nas redes sociais.

Uma das estratégias usadas pela Liberty Media para alavancar a Fórmula 1 foi apostar no conceito de brand publishing. Esse conceito consiste em a própria empresa produzir o seu conteúdo, em vez de depender das mídias mais tradicionais.

Embora o regulamento da Fórmula 1 incentive a distribuição de dinheiro e o desenvolvimento de carros de forma mais igualitária em comparação ao passado, as equipes têm um gasto ilimitado em marketing e geração de conteúdo para as redes sociais.

Se antes os pilotos eram proibidos de ter redes sociais, atualmente, eles são incentivados a produzir conteúdo e a interagir com o seu público.

O exemplo mais destacado de brand publishing na Fórmula 1 é a série documental Drive to Survive, que é exibida pela Netflix. Entenda como uma ação de brand publishing e conteúdo original pode fazer com que a sua empresa tenha mais relevância no mercado.

Conheça a história do Drive to Survive

A série documental “Fórmula 1: Drive to Survive” é uma produção original da Netflix que estreou em 2019 e acompanha os bastidores da temporada de Fórmula 1, mostrando as emoções, os conflitos, as rivalidades e os desafios dos pilotos, das equipes e dos dirigentes do esporte mais veloz do mundo.

A série foi criada por James Gay-Rees e Paul Martin, dois produtores britânicos que já tinham experiência em documentários sobre automobilismo, como Senna (2010) e Amy (2015). Eles se inspiraram na série Hard Knocks, da HBO, que segue os treinos e os jogos de times da NFL, a liga de futebol americano.

A ideia de fazer uma série sobre a Fórmula 1 surgiu em 2016, quando Gay-Rees e Martin perceberam que o esporte estava em crise, com queda de audiência, falta de competitividade, problemas financeiros e pouca renovação de talentos. Eles propuseram à Fórmula 1 uma parceria para produzir uma série que mostrasse os bastidores do campeonato, com acesso exclusivo aos pilotos, às equipes e aos circuitos, e que fosse capaz de atrair novos fãs, especialmente os mais jovens.

A Fórmula 1 aceitou a proposta, mas com algumas restrições. A série não poderia mostrar as corridas ao vivo, nem interferir nas transmissões oficiais, nem revelar segredos técnicos ou estratégicos das equipes. Além disso, nem todas as equipes aceitaram participar da primeira temporada, como a Ferrari e a Mercedes, que preferiram se concentrar na disputa pelo título.

A série foi um sucesso de crítica e de público, recebendo elogios pela qualidade da produção, pela narrativa envolvente, pelo ritmo dinâmico e pela forma como retrata os dramas e as personalidades dos protagonistas do esporte. A série também foi revolucionária para reerguer a Fórmula 1 e a produção de conteúdo original das empresas, pois:

  • Aumentou a popularidade e a visibilidade da Fórmula 1, especialmente nos Estados Unidos, onde a Netflix tem uma grande base de assinantes. A série também ajudou a atrair novos patrocinadores e parceiros comerciais para o esporte.
  • Aumentou o engajamento e a fidelidade dos fãs, que passaram a acompanhar mais as corridas, as notícias e as redes sociais dos pilotos e das equipes. A série também criou novas rivalidades e torcidas, como entre Max Verstappen e Daniel Ricciardo, ou entre Haas e Renault.
  • Aumentou a diversidade e a inclusão na Fórmula 1, ao mostrar a presença e a importância de mulheres, negros e outras minorias no esporte, como a engenheira Ruth Buscombe, o piloto Lewis Hamilton e o chefe de equipe Guenther Steiner. A série também abordou temas como racismo, machismo, homofobia e sustentabilidade na Fórmula 1.
  • Aumentou a inovação e a criatividade na produção de conteúdo original das empresas, ao mostrar que é possível fazer uma série documental de qualidade, com alto valor de produção, sobre um tema que não é tradicionalmente popular ou atraente para o público geral. A série também inspirou outras produções similares, como a série sobre a NBA, da ESPN, ou a série sobre o futebol, da Amazon.

A série documental Fórmula 1: Drive to Survive já tem três temporadas disponíveis na Netflix, cada uma com 10 episódios de cerca de 40 minutos cada. A quarta temporada está prevista para 2024.

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